Wednesday, September 6

ok ...

JÁ CHEGA !!!

6 comments:

LuMa said...

Bola para a frente?

Anonymous said...

é mais um grito de revolta nada me corre bem :p

Anonymous said...

é mais um grito de revolta nada me corre bem :p

bone daddy said...

MAI NADA!!!

Anonymous said...

upa... isso nao é grito de revolta.. é BERRO!

Anonymous said...

Não creias que foi fácil deixar-te. O ar leve e o rosto enfadado, acrescendo-se ao/ o passo estugado, de saída para a porta de saída…dissimulavam na realidade o que eram sentido e sentimento reais; ao bater surdo da porta, ao tilintar da chave que rodava o trinco da fechadura, o castelo de cartas da aparência, aparente solidez de forte inexpugnável, desmorona em colapso instantâneo – o rosto inquina-se então, constrangido pela impotência de ser(-te) melhor: sou sempre assim, não é verdade?, meu dizer que não chego a dizer-te; só para mim, silenciando outra vez mais as palavras… porque as palavras babam ou, se não, foi forma de auto-convencimento que providenciasse solução para o enigma do silêncio, do silêncio ou de não saber falar-te.

No elevador não foi possível abstrair-me do rosto, encarei-me então com gravidade furtando-me furtar-me ao inevitável: o espelho, esse, afinal já lá morava antes da minha chegada; não achei justa consideração aborrecer-me com ele. Assim vi e consegui ver sem olhos de ver… os subterfúgios que arranjamos, somos máquinas neste engenho do engodo; por isso os computadores não nos irão ultrapassar, não tão cedo certamente. Foi o olhar sem ver que tornou tão breve a viagem, ou mais ainda para aquela viagem de segundos. Ao carro. O carro é mais simpático e mais simples; chave que gira, pega, está pronto. Sublime, sabe o caminho para casa e sabe-o talvez melhor que eu. Foi sem reclamações que a chave voltou a girar e que de novo se silencia aquele objecto tão maior que qualquer um de nós.

Outro espelho, repete-se o aprendido, o elevador assoma ao destino num ápice. Quem faz girar os trincos à fechadura sou agora eu; duas vezes, lados opostos – os ritos são tão monocórdicos, tão semelhantes, tão iguais até… E nestes pequenos nadas, obsolescências perante facto a atender, supõe-se ser possível subtrairmo-nos à moinha que se faz sentir e que é a real ou talvez mesmo, quem sabe, a única presença. Fraco ardil, convenha-se… Mal se instaura o silêncio e o que era moinha é agora o predominante, esgotados todos os patamares da evasiva não mais se mantém a possibilidade de omissão a nós próprios; inevitável. Face a face: tu e tu – sim, eu e eu; não há mais espelhos também.

Compreenderás que não houve leveza nem enfado mas ao invés o reflexo – espelhando… – de uma imagem verdadeiramente inautêntica? O manancial do inautêntico é de um expoente que não sei enunciar; ainda assim teimamos em tratar de o alimentar. O bater surdo daquela porta permanece firme e intacto como se solenemente fosse acontecendo a cada novo instante; e o indagar, imediata indagação que consome a totalidade dos recursos cerebrais restantes, indagação que se consome na inútil mas absolutamente necessária tarefa de perceber como ficou o outro mundo agora clivado pela fronteira tão robusta quanto imperturbável em que aquela porta se consubstanciou.

Somos todos pequenos e inúteis. Por isso mesmo imprescindíveis. Bom sono; ela há-de chegar. E outra vez a inércia prestará lugar ao activo expedito. Pois no fundo desejamos o mesmo, ser um e tudo. Como se fosse uma historia....